ANISTIA INTERNACIONAL, CPT-MA E SMDH ACOMPANHAM O CASO.
Do G1 MA
A Anistia Internacional no Brasil, organização não governamental que
trata sobre a defesa dos direitos humanos, cobrou apuração sobre a morte
de um líder comunitário Antônio Isídio Pereira da Silva, de 52 anos, em
Codó (MA) – município localizado a 290 km de São Luís, no leste do
Estado –, no último dia 24 de dezembro. O corpo foi encontrado na
comunidade Vergel, após ter desaparecido por cinco dias e sofrer
ameaças, conforme informou o pároco da Pastoral da Terra, padre Josef
Wasensteiner, de 57 anos.
O assassinato revela, segundo a organização, uma ‘falha sistêmica’ do Estado brasileiro no enfrentamento dos conflitos agrários. “O assassinato de Antônio Isídio é revoltante. Foi uma tragédia anunciada. Nos últimos três anos denunciamos diversas vezes as ameaças sofridas por ele e a violência decorrente de conflitos agrários na região de Codó, no Maranhão. E as autoridades – em todos os níveis – não tomaram nenhuma medida para garantir a segurança dessas pessoas. O preço da inação do Estado, como em tantos outros casos, foi a morte anunciada de Antônio Isídio. Isso é inadmissível”, diz o diretor-executivo da Anistia Internacional, Atila Roque.
Um dia antes do desaparecimento, no domingo (20), Isídio havia dito que iria denunciar o desmatamento na região de Vergel, a 50 km de Codó. A comunidade de pequenos agricultores e produtores rurais, diz a Anistia Internacional, enfrenta constante pressão de grileiros – termo dado àqueles que falsificam documentos para tomar posse ilegalmente de terras – e madeireiros.
Nenhum comentário :
Postar um comentário