ANTÔNIO ARAGÃO, E PARA MAIS DOIS OUTROS MEMBROS DA ENTIDADE,
WALTERLINO SILVA REIS E MARCO SERRA DOS SANTOS. JÁ BRUNO BALBY MONTEIRO, AINDA
NÃO FOI LIBERADO.
O desembargador Olindo Menezes, do
Tribunal Regional Federal da Primeira Região, acatou pedidos de Habeas Corpus
para o presidente do Instituto de Desenvolvimento e Apoio a Cidadania (Idac),
Antônio Aragão, e para mais dois outros membros da entidade, Walterlino Silva
Reis e Marco Serra dos Santos. Já Bruno Balby Monteiro, ainda não foi liberado.
Eles foram presos no último dia 2 pela
Polícia Federal durante a deflagração da 4ª fase da Operação Sermão aos Peixes,
Operação Rêmora, que investigou desvios milionários de recursos da Saúde do
Maranhão, por meio de saques efetuados na boca do caixa, por integrantes do Idac.
Segundo as investigações sobre as atividades do instituto, comandado por
Antônio Aragão, teriam sido desviados cerca de R$ 18 milhões dos recursos da
saúde do Maranhão.
O mais estranho é que um dos impetrantes do
habeas corpus é o advogado Celso Henrique Anchieta de Almeida, ligado ao
ex-secretário de Estado da Saúde, Ricardo Murad. Ele foi assessor jurídico da
SES na gestão de Roseana Sarney/Murad, como mostram documentos extraídos do
Diário Oficial. O Idac foi contratado para gerir unidades de saúde em 1994, ainda
sob o comando de Murad.
Em 11 de fevereiro de 1005, a pedido do
deputado Sousa Neto, o advogado foi nomeado para o cargo de Técnico Parlamentar
Especial, na Assembleia Legislativa do Maranhão.
Essa
atuação de um advogado ligado ao
clã Murad, em favor da organização criminosa do Idac, pode ser uma prova
da
forte ligação do instituto com o ex-secretário de Saúde, acusado de
comandar a denominada "Máfia da Saúde", que teria desviado, segundo o
Ministério Público do Maranhão, aproximadamente R$ 1 bilhão por meio do
programa 'Saúde é Vida'. Roseana Sarney também responde por desvios
milionários da SES.
Fornecer advogado é quase uma confissão de
culpa no esquema montado para sangrar os cofres públicos por meio do Idac. Pode
ser também uma mostra de interesse de Ricardo Murad em manipular os presos,
deixando-o fora de quaisquer possíveis delações de todo o esquema e seus
verdadeiros beneficiários.
Confira a decisão do desembargar Olindo Menezes
Blog do Gilberto Lima
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