Carlos Lula Sec. Estadual Saúde |
“Desde
abril do ano passado, São Luís, capital do Maranhão, virou um ponto fora da
curva no cenário de atendimento a crianças autistas pelo SUS. Na altura do
número 70 na rua Domingos Rodrigues, próximo ao mar, está localizado o Centro
Especializado em Reabilitação (CER) Olho D’água, que oferece rotina intensiva
de terapias para crianças autistas com foco na análise comportamental aplicada
(ABA)”, destacou a publicação.
Além
do atendimento gratuito, oferecido por meio do SUS, a reportagem também abordou
a qualidade da equipe e do serviço.
“O
centro tem capacidade para atender até 70 pacientes com TEA (Transtorno do
Espectro Autista), que são submetidos a sete horas e meia de intervenção por
semana, pouco mais de uma hora por dia, com uma equipe de profissionais que
inclui psicólogos, psiquiatras, psicopedagogos, educadores físicos e terapeutas
ocupacionais”, completou.
Atendimento
A
coordenadora do Centro de Reabilitação, Flávia Neves Bacelar, explicou como o
tratamento é oferecido. “O foco é uma intervenção intensiva, individualizada e
multiprofissional, e nós fazemos registros de análise comportamental, criamos
gráficos de desempenho. Assim, conseguimos medir semanalmente como está o
desenvolvimento daquele paciente com base no programa que a gente propôs e
mensurar se essa intervenção está funcionando ou não. É uma terapia baseada em
evidência, e isso não é muito comum na rede pública”, informou.
Quanto
à inovação da oferta do serviço, a publicação apontou que o Maranhão foi um dos
poucos estados que atende à política nacional de atendimento a pessoas com
autismo.
“Na
rede pública de saúde em todo o País, pessoas com autismo são atendidas na Rede
de Atenção Psicossocial (RAPS), como mandam as diretrizes do Ministério da
Saúde. Essa rede inclui equipamentos diversos, como Centros de Atenção
Psicossocial (CAPS) e também os Centros Especializados em Reabilitação (CER).
Entretanto, nem todas os municípios contam com serviços desse tipo, então
muitos pacientes acabam se submetendo a atendimentos pouco especializados em
Unidades Básicas de Saúde (UBSs)”, constatou.
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