quarta-feira, 16 de setembro de 2015

HÁ 70 DIAS DE GREVE, POPULAÇÃO SOFRE COM A FALTA DE ATENDIEMNTO DO INSS

APENAS 39,84% DAS PERÍCIAS AGENDADAS FORAM REALIZADAS. NO MA TRÊS AGÊNCIAS ESTÃO FUNCIONANDO, MAS O ATENDIMENTO É  DEFICITÁRIO
Antônio precisa operar o joelho, mas não consegue
perícia (Foto: Danilo Quixaba / Rádio Mirante AM)
Do G1 MA 
A greve dos servidores do INSS já dura 70 dias em todo o país e não tem previsão para terminar. Outras rodadas de negociação com o Governo Federal estão previstas para esta semana. No Maranhão, três agências estão funcionando para atendimento do público, mas mesmo assim quem busca atendimento muitas vezes tem que voltar para a casa.

É o caso de Antônio de Almeida Filho, de 54 anos, que foi à agência da Cohab, na capital maranhense, nesta quarta-feira (16) solicitar um auxílio-saúde. Ele precisa fazer uma cirurgia no joelho e está com dificuldade de andar. “Minha perícia estava marcada para o dia 14 de agosto, mas foi reagendada porque o médico não compareceu. Acho que por causa da greve. Eu vou operar o joelho, então vir para cá é um incômodo”, contou.

Esaú Batista Neto, de 52 anos, também já foi cinco vezes na Previdência Social para fazer uma perícia médica e não conseguiu. Para ele, o atendimento está completamente comprometido. “Acho que eles pararam 100%”, disse.

Segundo dados do Ministério da Previdência Social, desde o início da greve foram agendadas 27.669 perícias médicas em todo o país, porém, apenas 11.024 (39,84%) foram realizadas. Para Joanilde Pires Pereira, diretora de Comunicação do Sintsprev-MA, será necessário cerca de um ano para colocar em dia todos os processos que deixaram de ser atendidos durante a greve. “Isso porque também serão atendidas as pessoas que vão procurar na época e as que não foram atendidas durante a greve”, disse.

Greve de servidores do INSS muda rotina dos serviços
no MA (Foto: Reprodução/TV Mirante)

No início da greve no dia 7 de julho, os servidores do INSS queriam um reajuste salarial de 27,5 % imediato, com aumento gradual nos próximos quatro anos. Porém, com os recentes cortes anunciados pelo Governo Federal, a proposta não foi aceita. Uma das medidas, inclusive, trata do adiamento dos reajuste dos servidores.

“Eles propuseram um reajuste de 21% em quatro anos, nós já conseguimos negociar um aumento de 10,8% em dois anos. Porém, após o anúncio de cortes do governo, eles queriam começar a pagar o aumento apenas em agosto de 2016. Nós estamos negociando que seja retroativo a partir de janeiro”, disse Joanilde.

No Maranhão, não está havendo prejuízo salarial para os grevistas. 

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