sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

PETROLEIROS ACUSAM MORO DE DESTRUIR EMPREGOS E A PETROBRAS

ENQUANTO A COMITIVA DE MORO É RECEBIDA COM POMPAS E CIRCUNSTÂNCIAS PELA GESTÃO DE PEDRO PARENTE, QUE USA A SEDE DA EMPRESA COMO PALCO PARA ENALTECER AS AÇÕES DA LAVA JATO, OS TRABALHADORES BRASILEIROS SOFREM NA PELA AS CONSEQUÊNCIAS DO DESEMPREGO EM MASSA E DA DESINDUSTRIALIZAÇÃO CAUSADOS PELA OPERAÇÃO
                     

DA FUP - Petroleiros e movimentos sociais realizam na manhã desta sexta-feira, 08, ato em frente à sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro, onde a alta direção da empresa homenageia o juiz federal Sérgio Moro.

 A FUP e seus sindicatos denunciam o desmonte que a operação Lava Jato causou à indústria de óleo e gás, um dos setores mais importantes da economia do país. "É preciso, sim, combater a corrupção, mas sem destruir empregos, nem inviabilizar a indústria nacional", destaca o coordenador da FUP, José Maria Rangel.
Enquanto a comitiva de Moro é recebida com pompas e circunstâncias pela gestão de Pedro Parente, que usa a sede da empresa como palco para enaltecer as ações da Lava Jato, os trabalhadores brasileiros sofrem na pela as consequências do desemprego em massa e da desindustrialização causados pela operação. Além de mais de dois milhões de postos de trabalho que foram fechados no rastro da Lava Jato, a Petrobrás cortou investimentos estratégicos para o país, privatizou uma série de ativos e subsidiárias e fez o PIB do país encolher em 2,5%.
Uma das mais graves consequências desse desmonte é o fim da política de conteúdo local que o governo Temer, com apoio da atual gestão da Petrobrás, vem realizando. A Medida Provisória 795/2017, que isenta de impostos até 2040 as petrolíferas e libera as importações de plataformas, navios, peças e equipamentos, causará ao Brasil um prejuízo 26 vezes maior do que todo o montante que a Lava Jato espera recuperar. As consultorias legislativas e de orçamento da Câmara dos Deputados Federais estima que o país perderá R$ 1 trilhão durante os 25 anos de renúncia fiscal.
Diversos outros países que também tiveram casos de corrupção envolvendo empresas que são tão fundamentais para suas economias, quanto a Petrobrás, enfrentaram o problema, sem comprometer o desenvolvimento econômico de suas nações. É o caso da Coréia do Sul, que apurou e puniu os crimes de corrupção envolvendo os executivos da Samsung, preservando os empregos e investimentos da empresa, cujas atividades são responsáveis por um quarto da economia do país.
Brasil 247

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