quarta-feira, 1 de novembro de 2017

PISTOLEIRO QUE ASSASSINOU EX PREFEITO DE TUCURUÍ TERIA RECEBIDO 100 MIL PELO “SERVIÇO”

DE ACORDO COM O QUE FOI APURADO ATÉ AGORA PELA POLÍCIA, A MÃE DO ATUAL PREFEITO DE TUCURUÍ, QUE ERA O VICE DE JONES WILLIAM ATÉ A DATA DO HOMICÍDIO, TERIA PLANEJADO O CRIME MOTIVADA POR QUESTÕES FINANCEIRAS


G1 PA
O pistoleiro Bruno Marcos de Oliveira, o Bruno Venâncio, preso no dia 5 de setembro deste ano acusado de matar o então prefeito de Tucuruí, Jones William da Silva Galvão, teria recebido cerca de R$ 100 mil pelo “serviço”, segundo a polícia. A informação foi publicada há pouco pelo portal G1 Pará, que afirma ainda que o matador de aluguel que confessou ter matado mais de 20 pessoas no Pará e em Sergipe, seu Estado Natal, continua negando participação no assassinato de Jones William.

A polícia, evidentemente, não acredita na negativa dele e diz que tem elementos suficientes para manter Bruno Oliveira preso e para denunciá-lo à Justiça como executor do crime que abalou Tucuruí e todo o Pará. O pistoleiro foi preso no aeroporto de Belém, na madrugada de 5 de setembro, quando tentava embarcar em um avião com destino a São Paulo, usando documentos falsos em nome de Anderson Barros do Nascimento.
Na segunda-feira (30), uma megaoperação da Polícia Civil em Tucuruí, comandada pelo delegado-geral Rilmar Firmino, terminou com a prisão da mãe do atual prefeito Artur Brito (PV), a empresária Josenilde Silva Brito, e de outros três acusados de envolvimento no crime. Além de Josy Brito, como é conhecida a mãe do prefeito, foram presos o empresário Marlon Frank Pozzebon, Genivaldo Farias de Oliveira e Paulo Ricardo Rodrigues Vieira.

Terça feira  (31), Josy Brito foi transferida para o Centro de Recuperação Feminino do Coqueiro, em Ananindeua, onde cumprirá os 30 dias da prisão temporária decretada pelo juiz da Vara Criminal de Tucuruí, José Leonardo Frota de Vasconcelos. 

O G1 Pará afirma que falou com o prefeito Artur Brito hoje em Belém, contrariando a informação divulgada ontem de que ele estaria nesta terça-feira em Brasília cumprindo agenda oficial do município.
De acordo com o Portal, Artur Brito negou qualquer participação na trama que levou à morte de Jones William e afirmou que acredita na inocência da mãe e que ela conseguirá provar que também não tem nenhuma ligação com o bárbaro crime. “Não tenho envolvimento”, afirmou o prefeito à reportagem do G1.

Apesar da crença de Artur Brito na inocência da mãe, a polícia diz não ter nenhuma dúvida de que ela participou do planejamento de tudo. Segundo a polícia, dois dos suspeitos presos ontem acusam Josineide Brito de mandar matar o prefeito Jones William. Um deles foi Paulo Ricardo Vieira, que teria confessado participação no crime. O outro, o empresário Marlon Frank Pozzebon, também teria dito em seu depoimento que foi Josy Brito que arquitetou a morte de William.
Os investigadores dizem que os depoimentos só reforçam as provas técnicas que compõem o inquérito policial. De acordo com o que foi apurado até agora pela polícia, a mãe do atual prefeito de Tucuruí, que era o vice de Jones William até a data do homicídio, teria planejado o crime motivada por questões financeiras.
“Na cabeça dela, sendo morto o Jones, seu filho assumiria o comando da gestão municipal e, a partir daí, ela poderia tirar proveito financeiro e econômico da gestão municipal”, disse o delegado-geral da Policia Civil Rilmar Firmino, segundo o G1.
O advogado de defesa, Roberto Lauria, contesta o trabalho da polícia. “Você não pode mais, nos dias de hoje, prender primeiro para investigar depois. É o contrário. Primeiro você prova a culpa, aí que você pensa em prender alguém”, diz Lauria.
Clima – Em Tucuruí, o policiamento foi reforçado desde ontem, quando da operação policial que prendeu quatro suspeitos, cumpriu vários mandados de busca e apreensão e conduziu muitas pessoas para depor sobre o caso. A Polícia Militar está com um grande contingente nas ruas e o cuidado é redobrado com os prédios públicos para evitar depredação por parte de manifestações mais exaltadas.
Durante toda a segunda-feira, muitas pessoas se posicionaram próximo ao prédio da Superintendência da Polícia Civil da Região do Lago, onde as autoridades policiais colhiam depoimentos e para onde foram levados os presos na operação. A população clama por justiça pela morte de Jones William e as autoridades temem manifestações que possam colocar em risco as pessoas. (Com informações do G1 Pará. Imagem: Reprodução.)


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