O TRABALHO É INTENSO PARA QUE TENHAMOS, O QUANTO ANTES, A IDENTIFICAÇÃO DOS ENVOLVIDOS NESTE CRIME”, DISSE O DELGADO.
A Polícia Civil dá continuidade às investigações sobre o assassinato do líder quilombola Edvaldo Pereira Rocha, com a escuta de testemunhas, análise de provas técnicas e novas diligências para reunir mais elementos para o inquérito. O caso ocorreu na última sexta-feira (29), quando a liderança foi morta a tiros. Edvaldo Pereira Rocha era presidente da Associação de Quilombolas do povoado Jacarezinho, no município de São João do Soter. As investigações são conduzidas pela Delegacia Regional de Caxias e têm o acompanhamento das secretarias de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop) e de Igualdade Racial (SEIR).
O titular da Regional de Caxias, delegado Alcides
Neto, explicou que os trabalhos estão em curso e não pararam desde o dia do
ocorrido. “Colhemos informações sobre o caso e que serão mais aprofundadas,
após as oitivas das testemunhas. Também solicitamos exames periciais técnicos.
O trabalho é intenso para que tenhamos, o quanto antes, a identificação dos
envolvidos neste crime”, frisou.
Com os interrogatórios, a polícia pretende
identificar os envolvidos no caso e outras lideranças da comunidade que tenham
recebido ameaças. A polícia analisa, também, estojos e projéteis de arma de fogo
coletados no local e já repassados ao Instituto de Criminalística (Icrim).
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP)
mantém equipes em São João do Soter para garantir agilidade nas investigações e
identificar os suspeitos o mais breve possível. Foi reforçado o policiamento na
região, para prevenir novos ataques.
Ação
Durante o fim de semana, uma comitiva formada
pelos secretários estaduais Sílvio Leite (SSP), Gerson Pinheiro (SEIR) e Amada
Costa (Sedihpop) esteve na região acompanhando o andamento das apurações
policiais.
A Sedihpop atua por meio da Comissão Estadual de
Prevenção à Violência no Campo e na Cidade e na ativação do Programa Estadual
de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PPDDH). O PPDDH garante a
continuidade do trabalho de lideranças que atuam pelos direitos humanos e que
estejam sob ameaças. Os órgãos estaduais também vão garantir o acesso a
políticas de proteção específicas.
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